sábado, 20 de junho de 2009

AUMENTA A DEVOLUÇÃO DE CHEQUES SEM FUNDOS

Em todo país houve considerável aumento da inadimplência com cheques, somente na grande São Paulo em maio deste ano registrou, um crescimento de 18,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado e atingiu o maior patamar desde 1991, com 25,2 devoluções a cada mil compensações. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18) pela Serasa.

No mês passado, foram devolvidos 2,49 milhões de cheques e 98,74 milhões foram compensados. Em maio do ano passado, 2,40 milhões retornaram, enquanto que 113,19 milhões foram compensados. Por outro lado, o índice, frente ao quarto mês do ano, subiu 13,5%, já que em abril foram 22,2 cheques devolvido a cada mil compensados.

Nos cinco primeiros meses deste ano, o índice de inadimplência aumentou 16,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 23,6 cheques devolvidos a cada mil compensados.

De janeiro a maio deste ano, foram devolvidos 12,11 milhões de cheques e 512,73 milhões foram compensados.

Os dados ainda mostraram que, nos cinco primeiros meses do ano, os cheques devolvidos por falta de fundos representaram 17,5% da inadimplência dos consumidores, abaixo da participação de 22,8% do mesmo período de 2008.

Para os técnicos da Serasa, maio é um mês de maior inadimplência devido às vendas do Dia das Mães. Além disso, as compras parceladas da Páscoa e as despesas com os feriados prolongados do mês anterior também contribuíram para a elevação da estatística.

Em relação ao acumulado do ano, as devoluções são as maiores desde 1991, recorde que se deve aos efeitos da crise, tais como a elevação do desemprego e uma maior utilização do cheque pré-datado para compensar os ajustes na oferta de crédito.

Já para Nova Olímpia-MT, em conversas com empresários, e comerciantes dos mais variados segmentos, pode-se constatar que também houve considerável aumento na inadimplência de cheques, porém este numero aumenta assustadoramente quanto à inadimplência dos carnês, duplicatas e notas promissórias.

Para se ter idéia da gravidade do assunto, os comerciantes que já vinham sendo penalizados pela crise mundial, agora estão tendo sérias dificuldades para captar recursos para capital de giro, pois o capital de giro da empresa foi ou está sendo utilizado para cobrir a inadimplência de seus clientes; vendas pelo sistema de crediário realizadas em dezembro ou janeiro estão dando entrada agora no caixa da empresa e isto tem colocado em risco a solvência da empresa, muitas estão no vermelho e se nenhum fato novo positivo acontecer muitas não sobreviverão.


Ailton Santiago.