Você acha que a crise está
chegando ao seu final? Se prepare porque pelo menos politicamente falando, ela
está apenas começando. E como política tem tudo a haver com finanças, acho bom
preparar nossos bolsos porque a guerra de poder vai começar.
Ontem 17, depois do presidente da
Câmara declarar rompimento com o grupo de Dilma, fez vários despachos que podem
complicar ainda mais a frágil governança da república, veja abaixo matéria do
jornalista Josias de Souza publicada no site uol.com:
“Após romper com o governo, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desengavetou os 11 pedidos de
impeachment protocolados contra Dilma Rousseff na Mesa diretora da Câmara. Um
deles é de autoria de Jair Bolsonaro (PP-RJ). Em ofício datado desta sexta-feira
(17), Cunha abriu um prazo de dez dias para Bolsonaro “emendar a denúncia” que
formulou contra a presidente da República, “adequando-a aos requisitos da Lei
número 1.079/1950 e do regimento interno da Câmara dos
Deputados.”
A lei mencionada por Cunha define
os crimes de responsabilidade. Bolsonaro protocolou o pedido de enquadramento de Dilma nessa lei há quatro
meses, em março. No documento, o deputado responsabilizou a presidente pelos
desvios na Petrobras, sob investigação na Operação Lava Jato.
Bolsonaro anotou: “Mais do que
despreparo, mostra-se evidente a omissão da denunciada [Dilma] ao deixar de
adotar medidas preventivas e repressivas para combater o câncer da corrupção em
seu governo, mantendo, perto de si e em funções de alta relevância da
administração federal, pessoas com fortes indícios de comprometimento ético e
desvios de conduta. Deixou de agir em defesa da sociedade da qual é responsável
máxima na administração pública.''
Com seu ofício, Cunha oferece a
Bolsonoro a oportunidade de adensar o pedido de impeachment. O deputado poderá,
por exemplo, adicionar ao documento a denúncia do delator Ricardo Pessoa. Dono
da construtora UTC e coordenador do cartel que desviou pelo menos R$ 19 bilhões
da Petrobras, Pessoa disse que parte da verba roubada (R$ 7,5 milhões) foi
repassada ao comitê de campanha de Dilma, em 2014.
Não é usual que um presidente da
Câmara peça a autores de pedidos de impeachment para emendar suas denúncias.
Normalmente, as petições considerados insubsistentes são remetidas ao arquivo.
Quando presidiu a Câmara, o atual vice-presidente da República Michel Temer
arquivou prontamente pedidos de afastamento protocolados na Câmara contra o então
presidente Fernando Henrique Cardoso.
A movimentação de Eduardo Cunha
dá ideia do que está por vir em agosto, depois das férias dos congressistas.
Dias atrás, em conversa com o presidente da Comissão de Constituição e Justiça
da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Cunha revelara a intenção de submeter os
pedidos de impeachment ao plenário da Câmara”.
Fonte: http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/07/17/cunha-desengavetou-pedidos-de-impeachment/
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