domingo, 8 de fevereiro de 2009

A CRISE ECONÔMICA E SUAS CONSEQUÊNCIAS (PARTE III) FINAL

MOTIVAÇÃO:

Nesta terceira e ultima parte desta série de artigos sobre o A Crise Econômica e Suas Conseqüenciais, tentarei traçar algumas linhas como de prometido, sobre o tema "motivação", assunto este tão debatido nas organizações: quem nunca ouviu de seu chefe ou líder: "esta equipe precisa é de motivação". Mas como fazer isto? Basta ligar um botão e pronto, todos estarão motivados?

Se quisermos falar de motivação, primeiro é preciso rever alguns conceitos básicos, nunca devemos enfrentar conflitos internos como falta de motivação, e ainda mais tentar solucioná-los, utilizando-se de artifícios, com a desculpa de estar cumprindo uma obrigação, meramente trabalhista. Seja com: aumentos salários, benefícios (horas extras bancos de horas); planos de saúde, odontológicos e seguro de vida; Férias (coletivas e individuais); Folgas, só isso não basta, você estará somente retardando o inevitável.

Funcionário não é "despesa" é um colaborador, um participante ativo de uma organização. O Funcionário depende da empresa para subsistir e a empresa depende do funcionário para existir. Empresa sem funcionários não produz, vende ou rende nada, é um simples complexo de edificado. Como citei no artigo anterior, o patrimônio maior de uma organização é o seu capital humano, e motivar este trabalhador, é dever moral da organização. Como posso esperar produzir ou vender algo sem que meu empregado/colaborador tenha motivos para querer fazê-lo.

Para escrever este artigo, consultei a analista de RH e psicóloga Danieli Fernanda Delpin Santiago e procurei ler muitos artigos e livros que pudessem me auxiliar e dar maior embasamento sobre o assunto.

Segundo, o consultor comportamental Wilson Mileris, “é fundamental eleger metas factíveis, não impossíveis" além do lado do funcionário, é válido analisar, também, como deve fazer o empresário, que muitas vezes precisa contratar trabalhadores por tempo determinado, mas não sabe ao certo como motivar e estimular esse pessoal que está cheio de disposição e energia. Um método fácil e aplicado aos funcionários temporários, uma vez que eles trabalhem com metas diárias, é que, em se cumprindo o pré-estabelecido pela empresa, ganhe benefícios-extras, como vale-refeição e cesta-básica, o que pode gerar certa motivação, porém por curtíssimo tempo. "Isso só não basta, uma vez que esse tipo de motivação é provocado por fatores externos", afirma.

Segundo o consultor, a motivação pelo incentivo é, igualmente, temporária, inspirada pela vontade de ganhar recompensas caso se atinja determinado objetivo. "Essa funciona por um determinado tempo, uma vez que a motivação vem de fora para dentro. È, portanto, artificial, nada mais do que um artifício que pode criar arestas de difícil conserto nas equipes, o que pode ser destrutivo". Outra prática muito aplicada em grandes corporações é a motivação pelo medo, que é aquela em que o chefe trabalha sob o signo da ameaças, como se sempre houvesse uma espada sobre a cabeça de cada colaborador. "Essa, em especial, se caracteriza por frases como: Se vocês não atingirem os objetivo, cabeças vão rolar. Isso pode levar a equipe a atingir as suas metas, mas sem criatividade e muito menos comprometimento. Como os regimes políticos autoritários, sempre geram revoltas e, pior, não cria vínculos".

Já o terceiro tipo é o que vem de dentro, a automotivação, que dispensa, em parte, estímulos externos. "A pessoa age porque quer e não porque se sente obrigada a isso. Ela fará o que for necessário para cumprir o que combinou consigo mesma, ou seja, as suas metas. Essa é a verdadeira motivação, porque parte do próprio desejo de participar de determinado processo de maneira a influir nos resultados, a fazer diferença. A pessoa sabe que, ao concorrer para a consecução de suas atividades, todos serão beneficiados".

Entretanto, para que haja essa mudança de comportamento em prol de uma mentalidade positiva e que todos na equipe estejam, de fato, envolvidos e comprometidos com os ideais da empresa, é preciso que o líder desempenhe um papel fundamental: o de amigo. "O chefe ideal é aquele que sempre se reúne com a equipe para transmitir, com clareza, o que deseja, compartilha o seu sucesso com todos, conhece o problema pessoal de cada um, suas virtudes e limitações, para que, juntos, possam superar desafios. Afinal, o que determina o sucesso ou não da equipe é a postura do líder".

O especialista lembra que a sabedoria dos líderes está na paixão por vencer e despertar o desejo de sucesso naqueles que o acompanham nessa missão. "A melhor motivação é aquela que acende o amor pelo trabalho que está sendo realizado. Ele precisa manter os desejos de superação tão vivos e ardentes para que acendam a chama do entusiasmo e da persistência, Também contribui, decisivamente, para a automotivação de seus empregados / colaboradores".

Fora, fracasso! Fora, Crise!

O que conduz ao fracasso é detalhem à primeira vista tão pequeno que os descuidados nem se dão conta deles. "Com raríssimas exceções, as pessoas não falham por falta de educação, talento ou conhecimento. Falham por omissão. Até pensam, refletem. Mas lhes falta o fundamental no conjunto de precondições para chegar ao sucesso: a ação".

Por essa razão, o consultor comportamental reforça que o líder que realmente deseja ver a sua equipe apaixonada por seu objetivo precisa manter-se campeão. Ou seja, garante a continuidade do êxito, o chamado "sucesso sustentado". "Ele, necessariamente, precisa trabalhar entre dois extremos: a criação e a manutenção, sem descuidar de nada nesse processo contínuo, como as pessoas que têm o cuidado de fazer exercícios para manter o corpo em forma", salienta.

Outra importante recomendação: toda a atenção é pouca no que se refere ao peso da carga que sua equipe é capaz de suportar. É como a estória do burrico que puxa a carroça. Se você coloca a vareta com a cenoura muito longe do burrico, no começo, o animal anda. Contudo, como logo percebe que nunca alcançará a cenoura, uma hora se cansa e desiste. Por outro lado, se você coloca a vareta muito próxima, o burrico vai comer tudo e também não vai se motivar. À distância, ou seja, o incentivo deve ser adequado. É fundamental, portanto, eleger metas factíveis, não impossíveis. E comemorar cada sucesso no meio do caminho.

Em seu livro "O Click do Êxito", Mileris dá dicas de como levar uma vida melhor com metas definidas. Sustenta que a equação do sucesso está apoiada em dois fatores: a postura mental e um plano de ação pessoal consistente. "A realização das metas, de maneira correta, gera a automotivação e o estimulo necessário para manter a disciplina, de maneira a impedir qualquer esmorecimento antes do término da corrida. Um bom exemplo de que isso funciona é o treinamento a que se dispõem as pessoas que correm maratonas: trabalham com um rigoroso passo a passo e sabem que só se cumprirem à risca o que está programado têm chance de cruzar a linha de chegada".
Agora você já sabe como motivar sua equipe, mas e você? Como se sente diante de todos esses acontecimentos? Crise econômica, juros altos, quedas nas vendas, inadimplências, queda na produção etc. etc. Nada fácil, não é mesmo? Não existe fórmula mágica de motivação, cada membro da empresa, seja líder ou um simples empregado deve agir como um ator, no qual deve representar maravilhosamente o seu papel de colaborador e parceiro da organização.

Seja você também um artista!

Ailton Santiago.

Um comentário:

  1. Boa noite.
    Quando li o primeiro artigo Parte I, já gostei, aí veio a 2ª.Parte melhorou e a Terceira Parte então fechou com chave de ouro. Gostei muito, de Verdade!
    Pude perceber que posso melhorar muito minha equipe de trabalho, vou tentar motiva-los de forma que todos se sintam bem e comprometidos com a empresa.
    Eu confesso, estava desanimado, achando que nada mais podia fazer. Agora vejo que muito ainda posso fazer. e o primeiro passo é acreditar que eu possa mudar para melhor minha empresa, meus funcionários e minha vida.
    Parabéns!
    Apesar de saber que muita coisa que escrito, na teoria é muito bonito e parece fácil, mas na prática, percebemos que nem sempre dá certo. mesmo assim, valeu e valeu muito seu artigo.

    Luis Carlos.

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