sexta-feira, 11 de abril de 2014

BANCARROTA DOS MUNICÍPIOS

Acompanhando o cenário político administrativo dos entes federativos, onde, das três esferas governamentais a mais marginalizadas pela atual política são os municípios, uma vez que o Governo Federal bate recordes de arrecadações, com uma excessiva concentração dos recursos, que tem asfixiado Estados e principalmente os Municípios, deixando os prefeitos sem condições de fazer investimentos e até mesmo para arcar com as despesas básicas de custeio de serviços essenciais.

Neste ano de eleições, apesar do   acesso aos portais de transparências, sabemos que muitos dados econômicos estão sendo maquiados e até mesmo omitidos para não interferir na decisão do eleitor, mas a mídia e os economistas vêm delineando um quadro nada agradável pós-eleições, dentre vários setores, o da energia que nesta semana foram corrigidos em mais de 10%, acredita-se que até meados de 2015 os reajustes ultrapassem os 40%; a taxa SELIC é outro fator que deve aproximar dos 20%a.a, empurrando juros e a inflação a índices que podem comprometer ainda mais o já combalido desenvolvimento do país.

Estamos vivenciando a maior crise financeira dos últimos tempos, as manifestações das ruas refletem bem a insatisfação da sociedade que não mais tolera a falta de saúde, educação de qualidade, mobilidade urbana e a corrupção que fortemente marca o atual Governo Federal.
Hoje 11, a Confederação Nacional dos Municípios CNM e as Associações dos Municípios de todo o país convocam prefeitos e a sociedade como um todo para a Campanha Nacional “Viva seu Município” que tem por objetivo resgatar autonomia financeira dos municípios, pois segundo a Associação este ato de paralisação é para chamar a atenção do Governo Federal  e de outras esfera de governo, a respeito do grave momento por qual passa os Municípios.

As administrações municipais carregam o pesado fardo de executarem, programas do Governo Federal, sem que lhes seja dada condições para isso. A maior parte do bolo, quase 70% das receitas da Nação estão nas mãos da União, destinando pouco mais de 15% para os mais de 5.500 municípios do país. Com isso o Governo Federal expande sua política populista e assistencialista, enquanto as prefeituras sofrem com a falta de recursos. O cenário não é animador, os municípios muitos deles mal conseguem quitar a folha de pagamento de seus funcionários e a sociedade com toda razão cobram melhorias. Neste embate, os prefeitos é que ficam no fogo cruzado, já que são eles que estão mais próximos dos cidadãos.

Ailton Santiago
É Secretário Municipal do Desenvolvimento de Indústria, Comércio e Serviços de Nova Olímpia-MT,
Administrador de empresas e pós-graduando em MBA em Gestão Pública

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