A crise parece de fato ter chegado ao Brasil, apesar dos apelos do nosso Presidente da República para que os consumidores não deixem de comprar, e para que não tenham medo da crise e ainda afirmar que o Brasil está preparado e não será atingido pela crise Norte Americana. Não teve como conter: os consumidores se afugentaram receosos pelo que pode advir, deixaram de ir às compras, mesmo sendo época tradicional de trocas de presentes como é a do natal. Por outro lado, os preços subiram, e o dragão da inflação começa a dar sinais de retorno.
Bem que o Presidente Lula tentou, injetou biliões de reais nas instituições financeiras e nas montadoras automotivas, tudo para conter o desemprego, mas de nada adiantou, pois os governos injetam dinheiro apenas nas grandes empresas e esquecem que quem de fato gera empregos é a pequena, mais de 63% dos trabalhados estão na pequena e média empresa. E estas qual benefício recebem do governo? Nenhum. Em vez de incentivos fiscais a pequena empresa se vê obrigada a saldar seus impostos que são exorbitantes especialmente os de Mato Grosso, Estado este que tem uma das cargas tributárias mais altas do país, a exemplo do ICMS que a receita cobra antecipadamente, pois a mercadoria ainda não circulou, ou seja, não foi vendido ao consumidor final, e o que é pior, o governo taxa um lucro de 50% em cima dos produtos e tributa-os, então pergunto. Qual empresa tem lucro de 50%? Não precisa responder. É claro que esta empresa é o próprio governo, e as instituições financeiras que o governo Lula tanto criticou presidentes anteriores a ajuda aos banqueiros, e agora no poder faz exatamente igual, aliás, o que foi que mudou mesmo neste país? O plano de governo federal é o mesmo do governo FHC, Lula apenas deu continuidade, o que de fato mudou foi que para manter os “Bolsas Esmolas” os cidadãos que de fato trabalham e as empresas que produzem são as que pagam esta conta em forma de aumento ou de criação de novos impostos.
Empresas de todo porte, micro, pequena, média ou grande espera do governo uma atitude madura, redução dos juros e reforma tributária, para que a tempo as empresas possam manter pelo menos seu capital de giro. A economia do país se faz com o aumento da produtividade e isso somente será possível se houver legislações que venham em prol desses anseios.
Nosso Congresso Nacional e o executivo federal levam mais de uma década para discutir reformas na Previdência Social e Tributária que beneficiariam milhares de empresas o que consequentemente produziria milhares de novas vagas de empregos. No entanto, no calar da noite aprovam aumento de vagas (cadeiras) para vereadores etc. Caminham na contra mão do bem estar do povo. Ou será que nossos ‘representantes’ pensam que quando clamamos por geração de empregos é pelo deles que estamos falando. alguém precisa dizer-lhes que os deles apenas aumentam ainda mais nossos gastos. Já que somos nós que pagamos vossos salários.
O fato é que a crise aí está, e tem provocado uma forte desaceleração na economia, somente em dezembro já se fala em mais de 600 mil demissões, são dados do CAGED-Cadastro Geral de Emprego e Desemprego, esses dados refletem apenas os empregos legais, os com carteira assinada, sabemos que há outro montante igualmente de trabalhadores na informalidade.
No próximo dia 20, toma posse o novo presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, e ontem (16/01) em discurso a operários de uma fábrica alertou os norte-americanos a esperarem momentos econômicos ainda mais difíceis, já que o seu plano de recuperação "não vai acontecer da noite para o dia". Obama disse que "mesmo com as medidas que estamos tomando, as coisas vão piorar antes de melhorarem". "Quero que todos sejam realistas a respeito disso."
E é bom que nós brasileiros estejamos atentos, otimismo é bom, mas cautela, senso e realismo nos fazem tomar decisões mais acertadas. Assim espero.
Ailton Santiago.
Caro Colega
ResponderExcluirGostaria a principio parabenizar pela coragem de criar mais um espaço de discussão democrática de temas relevantes que nos movem no nosso cotidiano.
Quero aqui enfatizar a sua clarividência ao escrever brilhante artigo acerca desse tema importante que tem relação intrínseca com a vida de cada brasileiro.
Pois Bem!
Vale destacar que esta crise se iniciou nos Países centrais do capitalismo, e em nada se compara as crises suburbanas como a do México, da Rússia ou da Coréia. Essa crise segundo especialistas é a maior já vivida em todos os tempos.
O mundo está passando por um furação financeiro, onde a austeridade e o compromisso do Presidente Lula com a garantias das conquistas arregimentadas ao longo desses mais 06 anos de governo tem sido fator preponderante para que façamos uma travessia tranqüila. Nunca o Brasil esteve tão preparado para o enfretamento de uma crise, mesmo sabendo que não ficaremos inume aos seus efeitos, e ai destacamos a manutenção e o aperfeiçoamento das políticas sociais compensatórias como forma imprescindível para diminuir as desigualdades que antes eram discrepantes, o nível de empregos formal bateu no teto da historia, as nossas reservas estão na ordem de US$ 200 milhões, o país recebeu recentemente o certificado de investimentos seguro que é um indicador fantástico para expansão dos investimentos - mais que o dobro do seu crescimento. Isso só para citar apenas algumas conquistas.
Lula é hoje disparadamente o maior líder político que o mundo conheceu, terá ao final de seu mandato ter apagado o legado da herança maldita deixada por pelo governo neoliberal de FHC – Aliás, copiado desse sistema urdido que quebrou o mundo.
Mas o melhor de tudo isso é que nessa jogatina financeira os Big Brothers do FMI (Fundo Monetário Internacional) não poderão dar as suas espiadinhas no Brasil.
Um forte abraço,
Gilmar Gonçalves
No comentário anterior, vejo uma pitada de ceticismo, negar que FHC não foi importante para o país é o mesmo que não conhecer sua história, se Lula tem feito um bom trabalho, é porque foi inteligente suficiente para manter o plano de governo do neo-liberal FHC. Ningume faz uma omelete sem quebrar os ovos, e FHC teve que quebrá-los para que outro desse continuidade ao Plano Real.
ResponderExcluirQuanto a crise, nosso país está sim vulnerável a ela, e se não cuidarmos, haverá muito mais desempregos. e os Estados Unidos quebrou por ficar se metendo em guerras, gasta se bilhões financiando guerras de outros países e esquece de administrar sua própria casa.
Concordo com Ailton, nossos governantes das tres esferas: Federal, Estadual e Municipal precisam dispensar uma atenção especial às pequenas empresas, pois como está fica difícil a sobrevivência das mesmas. e sem as devidas reformas, os governos empurram cada vez mais as empresas para a informalidade e consequente sonegação de impostos.
Um enorme abraço.
José Carlos da Silva.
Quando o autor Ailton, fala do “bolsa esmola” é a mais pura verdade, pois os políticos e o Lula não é diferente, preferem o povo de joelhos atrás de migalhas, tipo bolsa-vale-voto-familia, assim ficam manobrando essa massa, infelizmente, e graças aos "bonzinhos" homens, do povo, ficarão para sempre atrás das migalhas, e esmolas, ao invés de lhes dar educação de qualidade, para num futuro se livrarem da maldição do voto de cabresto, que agora atende pelo nome de bolsa-vale-tudo.
ResponderExcluirpor isso, amigo essa cambada opta pela continuação da pobreza, pobreza do povão, bem entendido. Porque Lula, seus irmãos, filhos e demais já se derem bem.
socorro!