Hoje sexta-feira (20), feriado em todo Estado de Mato Grosso, instituído através da Lei Estadual nº. 7879/2002. A mesma lei tornou obrigatório nas escolas o estudo sobre história e cultura afro-brasileira. A idéia é ensinar aos alunos de todo o país a história dos povos africanos, a luta dos negros no Brasil e a influência do negro na formação da sociedade nacional.
O dia 20 de novembro é aniversário da morte de Zumbi, grande líder guerreiro do quilombo dos Palmares, assassinado em 1695, há mais de 300 anos. Ele é considerado símbolo da resistência contra a escravidão, por isso, as entidades e organizações não governamentais dos movimentos negros no Brasil definiram esse dia para manter viva a memória dessa figura histórica e sua importância na luta pela libertação dos escravos.
Você sabe o que é um quilombo? A palavra é de origem africana e quer dizer acampamento guerreiro na floresta. Quando os escravos conseguiam fugir, iam para os quilombos escondidos no meio das matas. Palmares, na Serra da Barriga, foi o maior deles todos e, na verdade, era formado por muitos quilombos juntos, com mais de 30 mil habitantes. Para você fazer uma idéia do que isso significa a cidade de São Paulo, 250 anos mais tarde, teria apenas 25 mil habitantes.
Zumbi nasceu em Palmares, filho e neto de guerreiros de Angola, na África, escravizados e vendidos no Brasil. Com poucos dias de vida, foi seqüestrado e entregue a um padre que o batizou com o nome de Francisco. Aos 15 anos, Francisco que havia aprendido português e latim, fugiu e voltou para o quilombo, onde mudou seu nome para Zumbi que significa "Senhor da Guerra", "Fantasma Imortal" ou "Morto Vivo", no dialeto africano banto. Daí em diante chefiou os negros nos combates contra bandeirantes e capangas dos fazendeiros que queriam escravizá-los novamente. Foi traído e morto numa emboscada aos 40 anos, depois de passar a vida lutando pela liberdade.
A história sempre é escrita pelos vencedores. Assim, no caso de Zumbi e da resistência negra, todos os registros foram apagados pelas pessoas que conservaram o poder ao longo do Império e na República: a elite governante, a quem não convinha à figura de um herói negro nos livros escolares. Nos últimos 30 anos essa atitude vem mudando e procura-se resgatar fatos sobre a influência negra na formação do Brasil.
Hoje em dia, os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por preconceitos e diferenças sociais. É um dia para todos pensarem na situação do negro, antes escravo e hoje ainda deixado de fora das oportunidades de trabalho e estudo no Brasil.
Penso que a história dos acontecimentos de nosso povo, país e mundo, jamais deve ser esquecida, pois a memória do passado serve principalmente para que os jovens de hoje possam tomar ciência daquilo que ocorreu com o seu país, e principalmente com o seu povo.
No entanto, daí a ser feriado, sou de opinião contrária, pois a economia de um país, de um Estado ou mesmo de uma cidade não podem parar, apenas em função da memória de um passado, a fila anda, no mundo todo cada vez tem mais gente com fome, desempregada e precisando que alguma empresa possa lhe oferecer esta oportunidade de trabalho, e não é reduzindo a produção, ‘guardando feriado’ que vamos gerar mais oportunidades, é comprovadamente que a cada feriado, ou a cada dia de uma empresa fechada, o prejuízo é em torno de 3 a 5%, porque o consumidor é motivado a comprar por impulso e não por um determinado planejamento ou necessidade, sendo assim, o cliente não volta no dia seguinte ao feriado a ter aquele mesmo impulso do dia anterior.
Penso que a memória de nossos antepassados, ou do que fomos deva estar bem viva em nossa mente. Mas, Imaginem se fossemos guardar feriado de todos os acontecimentos importantes de nossa história, ou de cada profissão, viraria um caos total, penso que a memória deva ser mantida viva, pelos educadores de estarem repassando isto aos alunos, pelos familiares, igrejas, mídias etc., porém sem detrimento do desenvolvimento e principalmente da geração da renda e empregos, principalmente neste país em que as desigualdades estão bem visíveis, mas não é pela cor da pele, mas sim por falta de políticas sérias principalmente na educação, porque um povo culto sabe lutar por seus direitos, e o que vemos hone na educação é um faz de conta, professores fazendo de conta que ensina e alunos fazendo de conta que aprende. Não será desligando as máquinas das empresas instituindo feriados, emperrando o desenvolvimento e a geração de empregos que este país chegará mais rápido a ser igualitário.