Com a aproximação do novo ano, começa-se também uma preocupação para aqueles que vão prestar vestibular e tentar ingressar numa universidade, seja ela pública ou privada. O Senado Federal discute um projeto de lei que institui cotas para ingresso nas Universidades, segundo critérios sociais e raciais. Estou certo de que a educação de nossos filhos vai de mal a pior, e o problema não está quando o aluno chega à universidade, na verdade começa lá em baixo no ensino básico, os governos estão priorizando a não repetência dos alunos e esquecem que de nada adianta “empurrarem” os alunos para o ano seguinte se o conteúdo não foi assimilado pelos alunos. Há muitos alunos cursando a 6ª ou 7ª série e até mesmo concluindo o ensino médio, sem as mínimas condições de ali estarem, pois, encontram dificuldades na leitura e interpretação de textos ou mesmo a de realizar qualquer operação matemática que não seja dois mais dois.
Que tipo de universitário será este aluno? Se é que conseguirá chegar lá! Então, sabemos que a questão das cotas raciais não resolve, porque o problema é bem maior do que se imagina, e está na falta de qualidade do ensino desde o básico à universidade, falta mais qualificação aos mestres da educação, e aqui não falo apenas do professor ter ou não um curso superior, mas sim, estar preparado e apto psicologicamente para exercer a função, já que às suas mãos está a grande responsabilidade do saber ensinar.
Pois, sabemos que a educação de nosso país, infelizmente, reproduz a enorme desigualdade de nossa sociedade, e essa desigualdade é eminentemente social e não racial, também é certo que entre os mais pobres a proporção de negros e pardos é maior e que certamente há algum grau de discriminação racial. Porém, isso não significa que a desigualdade em nosso país tenha sido causada por questão racial. Pois o problema certamente está na questão social e aí independem de que raça é ou da cor da pele.
Penso que o governo ao tentar dar oportunidade aos negros e índios da forma que estão fazendo, discrimina estas pessoas, mesmo que a intenção não seja esta, mas é assim que a maiorias dos negros estão se sentindo: discriminados, é como se dissesse a eles, “olha, criamos estas cotas para vocês negros e índios, porque vocês não têm a mesma inteligência dos brancos”, ora, isto é discriminação, e em várias regiões do país existem comunidades protestando. É preciso ser igualitário, mas isso somente é possível com uma melhor distribuição de renda, menos corrupção e mais comprometimento das partes, cabe aos governos buscar alternativas que possa oportunizar àqueles que estão à margem da sociedade, as camadas mais pobres, e aí estão inseridos todos os irmãos; negros, brancos, mulatos, pardos e indígenas. Penso que, quando esta parcela da sociedade receber melhor educação básica, com educadores devidamente qualificados e aí não basta apenas ter o curso superior, e o aluno ao findar o ano letivo seja conduzido a um novo degrau do conhecimento, sem que tenha sido “empurrado” não mais será necessário criar cotas, pois todos estarão aptos a enfrentarem quaisquer tipo de vestibular. Enquanto não ocorre, o professor(a) finge que ensina e o aluno faz de conta que aprende.
Paulo Renato, ex-ministro da educação, disse certa vez: “... Existem numerosas organizações pugnando pelos direitos das maiorias étnicas, como negros e indígenas, enquanto os direitos dos mais pobres integram a categoria dos direitos difusos, sem defensores tão aguerridos. Ora, se queremos beneficiar negros, pardos e indígenas, sem prejudicar os mais pobres em geral, é melhor reservar as vagas por corte de renda, e não por grupo étnico”.
Ailton Santiago
Que tipo de universitário será este aluno? Se é que conseguirá chegar lá! Então, sabemos que a questão das cotas raciais não resolve, porque o problema é bem maior do que se imagina, e está na falta de qualidade do ensino desde o básico à universidade, falta mais qualificação aos mestres da educação, e aqui não falo apenas do professor ter ou não um curso superior, mas sim, estar preparado e apto psicologicamente para exercer a função, já que às suas mãos está a grande responsabilidade do saber ensinar.
Pois, sabemos que a educação de nosso país, infelizmente, reproduz a enorme desigualdade de nossa sociedade, e essa desigualdade é eminentemente social e não racial, também é certo que entre os mais pobres a proporção de negros e pardos é maior e que certamente há algum grau de discriminação racial. Porém, isso não significa que a desigualdade em nosso país tenha sido causada por questão racial. Pois o problema certamente está na questão social e aí independem de que raça é ou da cor da pele.
Penso que o governo ao tentar dar oportunidade aos negros e índios da forma que estão fazendo, discrimina estas pessoas, mesmo que a intenção não seja esta, mas é assim que a maiorias dos negros estão se sentindo: discriminados, é como se dissesse a eles, “olha, criamos estas cotas para vocês negros e índios, porque vocês não têm a mesma inteligência dos brancos”, ora, isto é discriminação, e em várias regiões do país existem comunidades protestando. É preciso ser igualitário, mas isso somente é possível com uma melhor distribuição de renda, menos corrupção e mais comprometimento das partes, cabe aos governos buscar alternativas que possa oportunizar àqueles que estão à margem da sociedade, as camadas mais pobres, e aí estão inseridos todos os irmãos; negros, brancos, mulatos, pardos e indígenas. Penso que, quando esta parcela da sociedade receber melhor educação básica, com educadores devidamente qualificados e aí não basta apenas ter o curso superior, e o aluno ao findar o ano letivo seja conduzido a um novo degrau do conhecimento, sem que tenha sido “empurrado” não mais será necessário criar cotas, pois todos estarão aptos a enfrentarem quaisquer tipo de vestibular. Enquanto não ocorre, o professor(a) finge que ensina e o aluno faz de conta que aprende.
Paulo Renato, ex-ministro da educação, disse certa vez: “... Existem numerosas organizações pugnando pelos direitos das maiorias étnicas, como negros e indígenas, enquanto os direitos dos mais pobres integram a categoria dos direitos difusos, sem defensores tão aguerridos. Ora, se queremos beneficiar negros, pardos e indígenas, sem prejudicar os mais pobres em geral, é melhor reservar as vagas por corte de renda, e não por grupo étnico”.
Ailton Santiago
Adorei seu artigo, muito oportuno.
ResponderExcluirOtimo posicionamento!
ResponderExcluirChega de "faz de conta" na educação, gerando essa ENORME desigualdade social. Precisamos tratar a CAUSA e não o SINTOMA!
Danieli Santiago.
PARABENS!
ResponderExcluirgostei do artigo, vejo que a educação é sempre temas de palestras, discursos politicos e é a grande preocupação dos nossos governantes, mas vamos ser realista isso esta ficando na fila de espera, em ultimo plano é isso que tem que mudar a questaõ educação precisa ser reavaliada!