ECONOMIZE, FAÇA UM PRESO TRABALHAR

Toda vez que ouço alguém falar sobre o sistema prisional brasileiro, fico pensando comigo mesmo. Será que não há uma forma melhor de fazer com que esses desocupados que estão amontoados em presídios, aprendendo única e exclusivamente como ser um ‘malandro’ autêntico, a produzir pelo país? É inaceitável que um prisioneiro custe ao país em torno de R$ 1.500,00 por mês, enquanto a maioria da população brasileira tenta sobreviver com um mísero salário mínimo de R$ 545.

Penso que deva haver um sistema prisional onde o preso possa trabalhar na construção de casas populares, de rodovias Estaduais e Federais, na construção civil de prédios públicos, limpeza e conservação do patrimônio público, trabalha durante o dia e a noite volta para o descanso na prisão, tudo sob o olhar da segurança.

Tenho certeza, os governos economizariam muito em mão-de-obra na execução dos serviços e o preso seria premiado com a redução de sua pena, sem contar que muitos desses prisioneiros aprenderiam uma nova profissão e quando de sua liberdade seriam inseridos no mercado de trabalho com maior facilidade.

Sou contra ao atual sistema presidiário, penso que da forma que está a prisão apenas diploma bandidos e insere os que ali estão e cometerem crimes leves a se tornarem bandidos de fato, pois na prisão ou você se destaca dentre os marginais ou corre sério risco de morte. Mas parece que os governantes não vêem dessa maneira, hoje mesmo o governo federal lançou o Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional que pretende criar 42,5 mil novas vagas após ampliação e construção de novos presídios no Brasil. A iniciativa vai custar R$ 1,1 bilhão que serão distribuídos pela União aos estados e ao Distrito Federal. A intenção do governo é reduzir o número de presos em delegacias com a criação de 27,5 mil novas vagas em cadeias públicas. O programa pretende ainda zerar o déficit de vagas femininas em presídios. Para as mulheres, a iniciativa promete criar 15 mil vagas.

Estes R$ 1,1 bilhão que serão investidos com toda certeza se fossem utilizada mão de obra dos presos, o montante seria bem menor, e de fato estaria socializando e reeducando o detento que com toda certeza iria pensar pelo menos duas vezes antes de cometer um novo crime, já que trabalhar poucos gosta, mas ficar as custa do contribuindo, recebendo comida quentinha, na hora certa e sem fazer nada, quer dizer, nada não! Maquinando e controlando de lá de dentro o crime organizado. Se tivesse trabalhado duro durante o dia todo, duvido que sobre tempo para essas armadilhas. Novas vagas, o governo deveria criar é para geração de empregos, nas escolas públicas, hospitais e nas universidades e não para presos.

Ailton.