sexta-feira, 13 de março de 2009

BigBrother Brasil

Esta informação, muitos dos senhores e senhoras talvez já a tenha lido, pois já percorreu vários outros blogs e mensagens do MSN, porém achei por bem divulgá-la no meu blog, quem sabe assim também eu possa dar minha parcela de contribuição.

Vejamos:

29 milhões de ligações do povo brasileiro votando em algum candidato para ser eliminado do Big Brother.

Vamos colocar o preço da ligação do 0300 a R$ 0,30. Então, teremos... R$ 8.700.000,00. Isso mesmo! Oito milhões e setecentos mil reais, que o povo brasileiro gastou ( e gasta ), em cada paredão! Suponhamos que a Rede Globo tenha feito um contrato "fifty to fifty" com a operadora do 0300, ou seja, ela embolsou R$ 4.350.000,00.

Repito:

Alguém poderia ficar indignado com a Rede Globo e a operadora de telefonia ao saber que as classes menos letradas e abastadas da sociedade, que ganham mal e trabalham o ano inteiro, ajudam a pagar o prêmio do vencedor e, claro, as contas dessas empresas.

Mas o "x" da questão, caro(a) leitor(a), não é esse.

É saber que paga-se para obter um entretenimento vazio, que em nada colabora para a formação e o conhecimento de quem dela desfruta; mostra só a ignorância da população, além da falta de cultura e até vocabulário básico dos participantes e, consequentemente, daqueles que só bebem nessa fonte.

Certa está a Rede Globo.

O programa BBB dura cerca de três meses. Ou seja, o sábio público tem ainda várias chances de gastar quanto dinheiro quiser com as votações.

Aliás, algo muito natural, para quem gasta mais de oito milhões numa só noite! Coisa de país rico como o nosso, claro! Nem a Unicef, quando faz o programa Criança Esperança, com um forte cunho social, arrecada tanto dinheiro.

Vai ver, deveriam bolar um "BBB Unicef".

Mas, tenho dúvidas se daria audiência. Prova disso, é que na Inglaterra, pensou-se em fazer um Big Brother só com gente inteligente. O projeto morreu na fase inicial, de testes de audiência.

A razão? O nível das conversas diárias foi considerado muito alto, ou seja, o público não se interessaria.

Programas como BBB existem no mundo inteiro, mas explodiram em terras tupiniquins. Um país onde o cidadão vota para eliminar um bobão (ou uma bobona) qualquer, mas não lembra em quem votou na última eleição.

Que vota numa legenda política sem jamais ter lido o programa do partido, mas que gasta seu escasso salário num programa que acredita de extrema utilidade para o seu desenvolvimento pessoal e, que não perde um capítulo sequer do BBB para estar bem informado na hora de PAGAR pelo seu voto.

Que eleitor é esse?
Depois, não adianta dizer que político é ladrão, corrupto, safado, etc.

Quem os colocou lá?

Claro, o mesmo eleitor do BBB!
Aí, agüente a vitória de um Lula, Collor, Zé Dirceu, Roberto Jefferson e de tantos outros que hoje ocupam o poder, não esqueçamos também dos nossos governadores, prefeitos e vereadores, muitos desses respondem processos crimes de corrupção, abuso de poder, enriquecimento ilícito.

Mas o contribuinte não deve ligar mesmo, ele tem condições financeiras de juntar R$ 8 milhões em uma única noite para se divertir (?!?!), ao invés de comprar um livro de literatura, filosofia ou de qualquer assunto relevante para melhorar a articulação e a autocrítica...

Chega de buscar explicações sociais, coloniais, educacionais, chega de culpar a elite, os políticos, o Congresso.

Olhemos para o nosso próprio umbigo, ou o do Brasil.
Chega de procurar desculpas, quando a resposta está em nós mesmos.

A Rede Globo sabe muito bem disso, os autores das músicas Egüinha Pocotó, O Bonde do Tigrão e assemelhadas, sabem muito bem disso; o Gugu e o Faustão também; os gurus e xamãs da auto-ajuda idem.

Não é maldade nem desabafo.

José Neumani Pinto
Rádio Jovem Pan

Um comentário:

  1. ESTOU COM VC NA SUA OPINIÃO SOBRE O BBB, É UMA VERGONHA A REDE GLOBO COLOCAR AQUELA PROSMISCUIDADE, TEM TANTA COISA BOA PARA VER NA TV, E A GENTE É OBRIGADA A MUDAR DE CANAL, MAS O POVO MAL INFORMADO GOSTA DE POCA VERGONHA, QUANTO MAIS MELHOR. PORISSO QUE ESTE MUNDO ESTA DESTE JEITO NINGUEM RESPEITA MAIS NINGUEM

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