A Odebrecht afirmou
nesta quarta-feira (27) que o seu lance com deságio de 52%, que arrematou a concessão de trecho da BR-163 em Mato
Grosso em leilão realizado pela manhã, reflete a aposta da
companhia no potencial do agronegócio brasileiro.
“Talvez os nossos
concorrentes acordaram um pouco tarde para isso”, afirmou o diretor da
Odebrecht, Renato Mello, ao ser questionado sobre a agressividade da oferta no
leilão.
Segundo o porta-voz da
empresa, estudos sobre a rentabilidade e potencial da BR-163 estão sendo feitos
há um ano e meio pela equipe da Odebrecht.
“Fomos estudar a
logística, como é o movimento de grãos e chegamos à conclusão de que o
potencial de crescimento do Mato Grosso está muito acima do PIB do país”,
disse.
Quanto ao início da
cobrança de pedágio na BR-163, a Odebrecht informou a previsão é a partir do
18º mês de concessão, quando existe a exigência contratual de entrega de ao
menos 10% dos cerca de 500 km de duplicação previstos. “Vamos fazer um esforço
para ver se antecipamos este calendário”, afirmou o diretor.
Pelas regras do edital,
estão previstas 9 praças de pedágio, cuja tarifa básica será de 0,02638 por
quilômetro (ou R$ 2,638 para 100 quilômetros rodados).
O diretor da Odebrecht
avaliou ainda que os investimentos em rotas alternativas para o escoamento da
soja do Mato Grosso, como a pavimentação do trecho entre Sinop e Santarém e o
projeto de concessão da ferrovia Norte-Sul, não reduzirão a rentabilidade da
BR-163.
“O potencial de
crescimento da produção de grãos em muito suplanta o impacto desses outros
meios de transporte e rotas”, disse Mello, acrescentando que a aposta da
empresa “é a crença no crescimento do agronegócio brasileiro que precisa de
infraestrutura para escoar sua produção”.
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